RESUMO O presente artigo busca descrever, por meio de uma revisão da literatura, os principais modelos matemáticos existentes para estimar o teor de umidade dos materiais combustíveis florestais finos e mortos, ou seja, os materiais da classe de 1-h de timelag, com base em variáveis meteorológicas. A determinação desses valores compreende uma importante informação para o delineamento de ações de prevenção e combate a incêndios florestais, e de realização de queimadas controladas, já que respondem pela probabilidade de ignição e comportamento do fogo. Com base na análise realizada, percebe-se que o Fine Fuel Moisture Code (FFMC), um dos componentes do Fire Weather Index (FWI) canadense, constitui o modelo de previsão do teor de umidade mais utilizado no mundo. Porém, considerando-se que trabalhos na literatura relatam limitações e imprecisão tanto no FFMC quanto nos demais modelos analisados nesse artigo, é essencial a validação dos mesmos antes de serem utilizados de forma operacional. Em função da pequena quantidade de estudos envolvendo essa temática no Brasil, recomenda-se a validação ou desenvolvimento de novos modelos, a fim de se aprimorar os programas de prevenção e de delineamento de risco de incêndios florestais em nível nacional.
ABSTRACT This article aims to describe, through a literature review, the main existing mathematical models to estimate the fine dead fuel moisture content (1-hr time lag class) based on meteorological parameters. The determination of these values is extremely important for forest fire prevention and suppression efforts, and for conducting prescribed burns, since they account for the ignition probability and fire behavior. Based on the analysis, it can be concluded that the Fine Fuel Moisture Code (FFMC) of the Canadian Fire Weather Index (FWI), is the most widely used model in the world. However, since some experimental works report limitations and imprecision for FFMC and for all the others models examined in this paper, it is essential to test their precision before using them in an operational way. In Brazil, due to the lack of studies in this area, it is recommended to validate or build new models in order to improve prevention programs and assist in the development of an efficient nationwide forest fire risk model.